O Kotodama (言魂) significa, em sentido literal, 'a palavra tem poder', ou seja, na série o Kotodama não é o colar, mas sim a palavra que Kagome usa para 'controlar' InuYasha, no caso 'Oswari' (senta em português). O colar mesmo chegou a receber o nome de 'Colar Mental' aqui no Brasil, em japonês é, em sentido literal, 'Rosário Do Poder Da Palavra' (Kotodama no Nenju).
O Kotodama[]
No kanji, o kotodama é escrito como 言靈. O primeiro kanji, 言 gen, quer dizer fala, palavra. É representado por um retângulo – a boca – com riscos acima – representação das ondas sonoras, a verbalização da palavra. O segundo kanji, 靈 rei, especialmente familiar para os estudantes do Reiki, quer dizer espírito, alma, fantasma. Literalmente, a expressão pode ser traduzida como espírito da palavra e se refere à força viva que anima as palavras. Kotodama, literalmente “espírito da palavra”, é um conceito central na mitologia japonesa e no xintoísmo, bem como nas artes marciais tradicionais japonesas. Curiosamente, um dos termos antigos usados para descrever o Japão é kototama no sakiwau kuni : “a terra onde o kototama traz felicidade”. A noção de kotodama pressupõe que sons podem afetar objetos e que o uso ritual das palavras pode influenciar nosso ambiente e nosso corpo, mente e alma.
Culturalmente no Japão, esta noção de que palavras tem poder podem ser observadas principalmente no xintoísmo, em artes marciais, também chamadas de Kiai.
O Rosário[]
Aqui no Brasil traduzido como 'Colar Mental', o Kotodama no Nenju (言魂の念珠) é composto por pequenas contas redondas e magatama (勾玉) maiores, joias em forma de vírgula (巴, tomoe). Magatama remonta aos primeiros dias da história japonesa, embora o magatama da Ásia continental (ou seja, China e Coréia) provavelmente tenha associações com o taoísmo, já que um magatama se assemelha a metade do taijitu, o símbolo do yin e yang. Tal associação explicaria a associação do magatama com o xintoísmo, já que o xintoísmo era uma síntese das crenças folclóricas japonesas nativas e dos rituais taoístas adotados da China. O magatama aparece em toda a mitologia xintoísta, e um lendário magatama é um dos Três Tesouros Sagrados do Japão. O magatama diferencia as contas xintoístas das contas de oração budistas, como as usadas por Miroku e outros monges. As contas e magatama usadas por Inuyasha (as Contas da Subjugação) foram usadas exclusivamente por três sacerdotisas Xintoístas na série: Kikyou, Kaede e Kagome. Um colar semelhante também foi usado por Kaguya. Magatama são comumente feitos de ágata (瑪瑙, menou), lápis-lazúli (琉璃, ruri) e cristal de vidro (玻璃, hari), que são as origens dos nomes de Menoumaru, Ruri e Hari, respectivamente.
Na história[]
Originalmente, era Kikyou quem deveria ter colocado o Colar Mental em InuYasha. Na época, ela decidiu que não o mataria, mas ainda assim se preocupava se ele poderia aprontar alguma coisa, seu plano era enganar InuYasha dizendo que era um presente, e fazê-lo usar, mas ao se encontrar com InuYasha e ele lhe dar uma concha que foi de sua mãe, Kikyou não teve coragem e disse que havia esquecido o presente, mas ela chegou a dizer que o Kotodama dela seria Itoshii (愛しい), que significa 'Amado'.
Cinquenta anos depois, InuYasha estava lacrado por causa de Kikyou e Kagome o liberta à fim de fazê-lo colaborar com ela para se livrar da Mulher Centopéia, ele assim o faz, mas logo em seguida se volta contra Kagome para tentar pegar a Shikon No Tama para si. Kaede parte em auxílio de Kagome, encantando o rosário e falando para ela dizer um Kotodama para controlar InuYasha, e a colegial, ao reparar em suas orelhas de cachorro, grita Oswari (お座り), que significa 'senta', mas é mais utilizado para cachorros. Desde então ao longo de toda a série, InuYasha usa o colar, e ás vezes Kagome abusa do poder que lhe foi dado, usando-o toda vez que InuYasha à irrita.